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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Com a chegada do frio e a previsão de temperaturas baixas para os próximos dias, a preocupação com as doenças respiratórias, que se agravam nesta época do ano, aumenta. Ainda mais em tempos de coronavírus.
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Um relatório técnico publicado ontem na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e especialistas da área, aponta que o pico dos casos de Covid-19 no Brasil será no período de outono e inverno. O documento diz, ainda, que embora o país esteja tentando implementar medidas para reduzir os casos, como o isolamento social, diversos modelos matemáticos mostram que "o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio".
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- Essas previsões mudam. A gente não sabe, na verdade, como vai acontecer, porque nosso país tem uma peculiaridade diferente do ponto de vista de densidade demográfica, de agrupamento populacional. Existem regiões completamente diferentes umas das outras, podendo os casos se darem de um jeito no Nordeste e de outro jeito no Sul. Mas para nós, é provável que o inverno tenha alguma coisa a mais do que o esperado - alerta o pneumologista Gustavo Trindade Michel, do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
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Segundo o especialista, pessoas que já têm doenças respiratórias - como a asma -, alergias, que tiveram enfisema pulmonar, fumantes ou pessoas com bronquite crônica devem tomar mais cuidado.
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- O que realmente faz diferença nesses casos é que os pacientes estejam atentos aos tratamentos. Se não eles vão piorar do seu problema em função das mudanças de temperatura e vão precisar procurar serviços médicos de urgência no período em que vai estar uma confusão em função do coronavírus - diz.
Uma outra recomendação do pneumologista é de que as pessoas com doenças respiratórias aproveitem o período mais calmo e façam, se necessário, reavaliações para que cheguem no inverno com o tratamento em dia, além de tomar a vacina contra a gripe, que ajuda na imunização contra a Influenza, o que diminui o acesso aos serviços de urgência.
- Esperamos que não, mas existe uma chance de o sistema de Saúde estar sobrecarregado nas próximas semanas. A maioria desses pacientes já sabe o que fazer, o que não pode é esperar o problema piorar para procurar o atendimento médico, porque esse não vai ser um ano normal. Os medicamentos têm de estar controlados, porque toda e qualquer pessoa que nós pudermos tirar de um serviço de urgência para não se misturar com outros pacientes com Covid-19, é válido - finaliza.